Para a gestão administrativa e assistencial da área de saúde da Unicamp utilizamos a plataforma CICs/DB2 adquirida nos anos 90. Tal plataforma com mais de 25 anos de uso, hoje, é obsoleta, não permite integração e uso de tecnologias emergentes. Os processos incorporados a esta solução se comparados com os atuais são onerosos, desatualizados e tem como ênfase o uso de processos manuais e impressões. Os custos anuais para sua sustentação e suporte do hardware estão ao redor de R$ 540 mil reais. Para agravar a situação, este hardware não dispõem de peças de reposição/substituição. Neste contexto o projeto de implantação do AGHUse no complexo de saúde da Unicamp, vem de encontro para solucionar esta situação. O projeto compreende a implantação do ERP (Enterprise Resource Planning) de Gestão em Saúde. Este ERP é constituído de grandes módulos de software que percorrem os processos da gestão necessária para este complexo, ou seja, são processos informatizados de ponta a ponta, desde a entrada de um paciente até a sua saída. Desta solução 19 módulos e um aplicativo para dispositivos móveis, são aplicáveis para nosso contexto os quais devem englobar o Hospital de Clínicas - HC, HD - Hospital Dia, Gastrocentro, CIN - Centro Integrado de Nefrologia, CEPRE, CIPOI, CECOM, HEMOCENTRO, CAISM, CIPED e o novo IOCAP - Instituto Otorrinolaringologia, Cirurgia da Cabeça e Pescoço. Como objetivo principal do projeto almeja-se substituição da plataforma CICS e a modernização tecnológica, na qual proporcionará a unificação, integração e atualização dos sistemas de saúde existentes. O AGHUse, além de ser uma plataforma que faz frente a soluções de mercado no requisito de sistema, tem uma viabilidade de custos, principalmente para a Universidade. Estabelecido um convênio (15-P-23605/15) com a comunidade AGHUse, onde se encontram grandes órgãos públicos que também utilizam desta solução, os custos atuais, até o momento, são cobrados em horas de desenvolvimento, restando para a universidade, apenas investimentos com relação a infraestrutura, conectividade, recursos humanos e demais serviços que não se englobam na solução. Destaca-se de maio de 2016 até fevereiro de 2020, a equipe de TI-HC sustentou essa contrapartida no convênio e vem liderando a implantação até o momento. Essa liderança culminou na implantação de alguns módulos em todo o complexo da área de saúde e está em uso, como exemplo, módulo de pacientes, módulo de exames, entre outros conforme demanda e necessidade do local. Do que se encontra planejado a situação em fevereiro/2021 é de 53% de implantado no HC. Por isso, a proposta deste projeto é o avanço da implantação, no HC para posterior replicação nas demais áreas destacadas acima. Condições criticas do projeto: Os resultados esperados estão condicionados a fatores críticos do projeto, como: - Recursos Humanos em TIC para 2022 ou a contratação da Consultoria/Fábrica de Software para dar continuidade no projeto, visto que hoje não há previsão orcamentária para tal. - Eliminar a plataforma CICS da gestão hospitalar por completo, na qual é um dos objetivos do projeto. - Realizar a integração do SIAD - Sistema Administrativos da Unicamp com o AGHUse para existir a rastreabilidade. Tal sistema não é de responsabilidade da Área de Saúde, mas sim da DGA, subordinada a DEA.

Com o avanço da implantação e o alcance dos objetivos do projeto a Unicamp beneficia-se de várias formas, como por exemplo temos: - a centralização e consistência das informações para delinear estratégias gerais para área de saúde; - controles e gestão detalhada dos insumos utilizados em todo complexo de saúde; - rastreabilidade e identificação do consumo de insumos; - controles de segurança para evitar escassez de materiais; - homogeneização e padronização de materiais/medicamentos para viabilizar compras com custos menores; - acesso web do prontuário eletrônico do paciente (POL) possibilitando o uso de diversas tecnologias existentes que podem modernizar o trabalho operacional e reduzir o manual; - acesso a um prontuário único e integrado que apresente todo o histórico do paciente eliminando o prontuário em papel; redução de diversos custos de impressão e armazenamento do prontuários; - gestão dos exames realizados; solicitação de exames de forma online sem replicação de pedidos ou perda de informações; - laudos liberados em tempo real sem impressão; - possibilidade de integrações com dispositivos ou novas plataforma Ou seja, são diversos benefícios que corroboram para uma eficiente gestão administrativa e operacional, um fluxo continuo dos processos existentes, uma visão administrativa e financeira mais apurada, uma melhor gestão da produção e de seus recursos humanos.

DEAS

Marco Antonio Pacheco Júnior

Émerson José Ferri

Marco Antonio Pacheco Júnior

Cleusa Regina Manga Ribeiro Milani

Michele de Freitas Neves Silva